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Apresentados

Etnografia da Viagem

 

 
 Intervenções nas cidades de São Paulo, Belém e Brasília. 2015.
Projeto contemplado com recursos do Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais 11ª Edição.

Coleta de histórias e registros sobre a migração nordestina em três cidades que contam um panorama da cooptação de mão de obra nordestina em períodos históricos no país. Resultou em uma publicação com registros e textos, lançada no mesmo ano.

Curadoria Ivan Masafret. Textos e obras de Alan Adi.
 
 
Imagem anterior:
Correio da Estação do Brás. 2015
No correio da estação do Brás, em SP, o artista envia um chocalho de gado para seu endereço em Sergipe. O objeto é posto em uma caixa maior que o próprio chocalho, de modo que essa vira um objeto sonoro no trajeto SP-SE. Esse trabalho faz referência ao disco de Tom Zé de mesmo nome da obra, no qual o mesmo comenta sua íntima condição de migrante nordestino em São Paulo.  



 

Cada um no seu lugar?

Partindo de um cartaz elaborado por Chabloz, foi construído um tapete-carimbo. Letras recortadas em borracha formavam uma frase presente em uma das propagandas de convocação de nordestinos ao Exército da Borracha, substituindo o ponto de exclamação que dava caráter imperativo na peça referencial por um ponto de interrogação, atribuindo, mais que a dúvida, a condição de reflexão para todo o processo histórico de migração. Coladas no fundo do tapete, as letras eram embebidas de tinta preta e abaixo delas uma folha de papel na mesma proporção do objeto, que por sua vez foi posto na entrada de um pequeno porto que levavam moradores às ilhas próximas a Belém. A cada passo, a força do corpo dos transeuntes imprimiam pouco a pouco no papel a questão ‘Cada um no seu lugar?